FEMINISMO: 9 LIVROS PARA AJUDAR A ENTENDER A IMPORTÂNCIA DO MOVIMENTO;7 LIVROS SOBRE FEMINISMO NEGRO PARA LER JÁ
Feminismo: 9 livros para ajudar a entender a importância do movimento
Se você quer entender melhor a causa mas não sabe por onde começar, veja nossa seleção de escritoras icônicas e didáticas
Nossa seção #MulherBacanaLê te convida a intercalar a maratona de séries da Netflix com leituras deliciosas e enriquecedoras assinadas por mulheres que são grandes nomes da literatura feminista. Atenção: o mergulho nesssas obras vai transformar seu olhar sobre o assunto!
“Ninguém nasce mulher: torna-se mulher.” A famosa frase é da escritora e filósofa francesa Simone de Beauvoir, um dos nomes mais influentes do mundo quando se trata de feminismo. O que ela quis dizer com isso? É o que a gente propõe que você descubra com a indicação de O Segundo Sexo (Nova Fronteira, R$ 99), livro essencial que discute o papel da sociedade na definição do que é ser mulher (a citação que abre o texto é dele). Publicada em 1949, a obra é importantíssima para entender a luta pela igualdade de oportunidades e poder entre o sexo feminino e o masculino, o que define a essência do feminismo . Se alguém te disser que feminista é quem acha que a mulher tem que ser melhor que o homem, então, já sabe: manda esse link para essa pessoa, que vamos listar agora mais escritoras icônicas que explicam direitinho porque todxs devem ser feministas.
Sob a ótica das mulheres negras , destaque para Pensamento Feminista Negro (Boitempo, R$ 73), livro de Patricia Hill Collins. Primeira presidente afro-americana da Associação Americana de Sociologia, a renomada professora universitária discute os meios de opressão das mulheres negras dos Estados Unidos no pós-modernismo.
Outro ícone do ativismo e feminismo negro norte-americano, bell hooks (escrito em minúsculas mesmo) traz, em O Feminismo É para Todo Mundo (Rosa dos Tempos, R$ 39), um texto objetivo que mistura experiências pessoais com conceitos acadêmicos. A obra é um guia claro e acessível do movimento e de sua luta contra qualquer tipo de opressão.
No Brasil, uma das principais vozes do feminismo negro é a pensadora Djamila Ribeiro. Ela se destaca com Lugar de Fala (Pólen, R$ 24), parte da coleção Feminismos Plurais, coordenada pela escritora. O livro considera raça, classe e gênero como base para as diferentes vivências e discursos.
Ao longo de décadas, as mulheres sempre foram oprimidas e perseguidas pelo sistema e pela cultura patriarcal da sociedade. Um exemplo é o movimento histórico de caça às bruxas, que ocorreu na Europa durante a transição do feudalismo para o capitalismo, quando mulheres que, em sua maioria tinham alguma autonomia sobre suas vidas (as sábias, curandeiras, lavradoras) eram acusadas de possuir poderes sobrenaturais e queimadas na fogueira. Esse fato foi o tema abordado pela militante feminista Silvia Federici no título Calibã e a Bruxa ( Elefante R$ 60). Aqui, ela mostra a relação do movimento com a criação de um novo sistema econômico que coloca a mulher em condição de dependente do homem.
Foi pelo fim desse sistema opressor que muitas mulheres se tornaram a voz do feminismo ao redor do globo e foram importantes para esta luta. Suas vozes ecoaram em diversas áreas, que vão desde a literatura até o entretenimento. As histórias e conquistas de Frida Kahlo, Oprah Winfrey, Kate Millett, Betty Friedan, Madonna, entre outras, ilustram as páginas de Lute como uma garota ( Cultrix R$ 47), escrito por Laura Barcella e Fernanda Lopes.
Entre as tantas conquistas dessas mulheres durante décadas (obrigada <3 ) está a liberdade feminina no mercado de trabalho. Se no passado foi para entrar na esfera pública, hoje é para combater o assédio, sexismo e machismo no ambiente corporativo. Esse tema serviu de base para o guia irônico e divertido da jornalista norte-americana Jessica Bennett, que mesclou suas experiências e relatos de outras mulheres no livro Clube da luta feminista (Rocco R$ 50).
A militante feminista Jessica Valenti explora em Objeto Sexual (Cultrix R$ 48) o preço do machismo que mulheres pagam diariamente, inclusive por serem tratadas pela sociedade como objetos pertences à figura masculina em diversos aspectos.
Finalmente, não podemos esquecer que para o movimento continuar existindo, é primordial que as novas gerações aprendam desde a infância a quebrar paradigmas e barreiras misóginas e raciais estruturadas na sociedade. A nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie vai te ajudar nessa missão com seu manisfesto rápido e curto, Para educar crianças feministas (Companhia das Letras R$ 25).
7 livros sobre feminismo negro para ler já
- CLAY BRITO | FOTOS MARCEL VALVASSORE E DIVULGAÇÃO | SET DESIGN (FOTOS AMBIENTADAS) GIULIA BARBERO + ISABELA VDD
ATUALIZADO EM
Nossa seleção de livros vai te ajudar a contemplar o Mês da Consciência Negra sob a perspectiva de autoras que são grandes nomes do feminismo negro no Brasil e no mundo. Acredite: não tem como não amar essas obras, afinal, #MulherBacanaLê!
1. Você pode substituir mulheres negras como objeto de estudo por mulheres negras contando sua própria história, por Giovana Xavier
Zoom na capa para ler de cabo a rabo o titulão do livro de Giovana. Conhecida nas redes como @pretadotora, ela é historiadora e reúne, em seu livro de estreia, textos em primeira pessoa sobre o que é ser mulher e negra. (Malê, R$ 40)
2. Querem nos calar, por Mel Duarte
Mel divide as páginas de seu novo livro com outras 15 poetas brasileiras, que escrevem rimas empoderadas sobre resistência feminina e desigualdade social. Leitura rápida para se deliciar durante uma viagem de carro. (Planeta, R$ 40)
3. Lugar de fala, por Djamila Ribeiro
4. Eu, empregada doméstica, por Preta-rara
Vários depoimentos anônimos de empregadas domésticas foram escritos na página homônima no Facebook, criada pela autora em 2016. Estas e outras histórias compõem o livro de estreia da rapper, que também divide a sua experiência pessoal. Para ler e se emocionar! (Letramento, R$ 40)
5- O perigo de uma história única, por Chimamanda Ngozi Adichie
Recém-lançado, o livro é baseado no TED Talk da escritora nigeriana sobre a importância de histórias diversificadas para a construção de um mundo sem preconceitos. Personagens fictícios ou reais, precisamos ter acesso a outras realidades para evitarmos clichês. (Companhia das Letras, R$ 25)
6- Feminismo é para todo mundo, por bell hooks
Eleita uma das principais intelectuais norte-americanas, bell hooks aborda interseccionalidades que devem ser levadas em consideração na luta feminista e desenvolve um debate sobre motivos que levam o feminismo ser a resposta para tudo. Falando sob a perspectiva de uma mulher negra, a autora escreve de forma didática, aproximando o leitor da escrita acadêmica. (Rosa dos Tempos, R$ 40)
7- Brilhe na sua praia: A bíblia da garota negra, por Yomi Adegoke e Elizabeth Uvievinené
O livro celebra os avanços que as mulheres negras já fizeram e dá conselhos para criar um futuro melhor. Em 456 páginas, Yomi e Elizabeth contam suas histórias de amizades e ainda entrevistam as mulheres negras mais bem-sucedidas da Grã-Bretanha. (Primavera, R$ 45)
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